O deputado eleito Abílio Brunini (PL-MT) afirmou que sua fala, em vídeo que circula pelas redes sociais, em que relativiza as depredações dos atos criminosos que destruíram as sedes dos Três Poderes no último dia 8 de janeiro, foi tirada de contexto e que se trata de um mal entendido.
“Eu estava mostrando o que foi danificado e o que não foi. A live durou 16 minutos, o que eu disse é que naquele local não teve tanta destruição assim”, justificou.
A versão de Brunini foi dada após o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmar, nesta segunda-feira (16), que serão “chamados à responsabilidade” os deputados que negaram a destruição provocada pelos atos criminosos.
“Parlamentares que andam difamando e mentindo com vídeos dizendo que houve inverdades nas agressões que a Câmara sofreu serão chamados à responsabilidade porque todos viram as cenas terríveis, violentas e gravíssimas”, disse o presidente da Câmara.
“Eles terão que ser chamados à responsabilidade porque de qualquer maneira é um parlamentar eleito e não pode estar divulgado fatos que não condigam com a realidade”, acrescentou Lira.
No vídeo, o deputado Brunini aparece andando pelo Salão Verde e pelo plenário da Câmara.“Você fica assistindo só na internet, parece que tá tudo quebrado em Brasília, mas não é verdade”, disse na live compartilhada pelas redes sociais.
Anteriormente, após ser criticado pelo vídeo, o deputado eleito postou também nas redes sociais que “não foi eleito para agradar a todes”.
“Não sou próximo a Bolsonaro”
O deputado eleito afirmou ainda ser contra “qualquer tipo de destruição” e que os atos criminosos precisam ser investigados.
“Os Poderes não podem se furtar. Se houve negligência tem que verificar, não defendo os atos realizados. Está tendo uma distorção da live que fiz nas minhas redes sociais”, completou.
Questionado se o ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) teria incentivado atos criminosos ao questionar o resultado das eleições, Abílio Brunini não respondeu.
O parlamentar disse apenas não ser próximo a Bolsonaro e que tem uma “relação partidária” com o ex-presidente. Ambos são filiados ao mesmo partido, o PL.
Fonte: CNN Brasil
