Apreciar medidas provisórias alternadamente é uma competência constitucional. Não basta fazer um acordo. Lira está cada vez mais espaçoso na sua relação com o governo. Ele está vivendo uma abstinência. Estava totalmente dependente do orçamento secreto e agora terá que conseguir recursos em condição de igualdade com todos os parlamentares. Renan Calheiros, senador (MDB-AL)
Em entrevista ao UOL News nesta segunda, Calheiros avaliou que o PT se precipitou ao apoiar a reeleição de Lira à presidência da Câmara. Para o senador, o deputado federal tem dificultado o trabalho do governo e tenta enfraquecê-lo para ganhar ainda mais influência.
Na medida em que o PT antecipou apoio ao Lira, no mínimo o partido se apressou muito. Lira impõe dificuldades para que o governo monte uma base de sustentação. É uma maneira de enfraquecer o governo para que ele tenha mais poder e achacá-lo cada vez mais. Não se muda a Constituição com a Câmara usurpando uma competência fundamental do Senado. Renan Calheiros, senador (MDB-AL)
Josias: Privado da viagem à China, Lula será intimado a lidar com problemas que preferia adiar
Com o cancelamento da viagem à China, Lula será obrigado a antecipar a resolução de questões ácidas, na análise de Josias de Souza. O colunista avaliou que a crise das MPs entre Câmara e Senado e a divulgação da nova regra fiscal prometem esquentar a semana do presidente.
Privado da pompa da visita a Pequim, Lula será intimado pelas circunstâncias a lidar com problemas que preferia adiar. Entre eles, estão a divulgação da nova regra fiscal e a mediação de um conflito entre a Câmara e o Senado em torno do rito de votação das medidas provisórias. Espera-se que o governo divulgue nesta semana essa nova regra. Outra encrenca que o Lula tentava colocar em banho-maria e volta para a panela de pressão é a briga entre Arthur Lira e Rodrigo Pacheco. Josias de Souza, colunista do UOL
Josias: Governo teme que raiva transforme Lula refém de provocações de Bolsonaro
Josias avaliou que o retorno de Jair Bolsonaro (PL) ao Brasil, programado para esta quinta (30), deixa o estafe de Lula em alerta. O colunista ressaltou que aliados do presidente tentam evitar a repetição do caso Sergio Moro, quando as declarações do presidente sobre o plano do PCC de matar o senador tiveram repercussão negativa.
O estafe político do governo receia que a raiva transforme Lula em refém das provocações do Bolsonaro. Desde a semana passada, Lula tem sido aconselhado a ignorar Bolsonaro e terceirizar ao PT e aos líderes governistas as respostas às provocações dele. Prevalece nesse estafe a avaliação de que Lula não pode repetir o erro que cometeu com Moro. Josias de Souza, colunista do UOL.
Fonte: Uol Notícias