O Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2023 mostrou que o Brasil, apesar de registrar uma redução na violência, ainda tem muito trabalho pela frente. Em Alagoas, por exemplo, houve aumento em roubos de caros e furtos de telefones celulares. E quando se trata de mortes, o estudo revela que Alagoas ainda é um lugar violento para se morar. As estatísticas referentes aos anos de 2021 e 2022 expõem um aumento de 44,8% nos casos de tentativas de assassinato.
Em 2021, foram registradas 444 tentativas de homicídio em Alagoas. Já em 2022 houve um total de 643 casos. No país, a taxa de mortes violentas intencionais caiu 2,4% no país em 2022 na comparação com 2021. Quanto às mortes violentas intencionais, foram 1.138 em Alagoas em 2021 enquanto no ano passado foram registradas 1.186 ocorrências (aumento de 4,2% em um ano). A categoria Mortes Violentas Intencionais (MVI) corresponde à soma das vítimas de homicídio doloso, latrocínio, lesão corporal seguida de morte e mortes decorrentes de intervenções policiais em serviço e fora.
Em 2022, o Brasil registrou 47.508 mortes violentas intencionais (MVI), categoria criada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), autor do estudo, que agrega as vítimas de homicídio doloso (incluindo feminicídios e policiais assassinados), roubos seguidos de morte, lesão corporal seguida de morte e as mortes decorrentes de intervenções policiais.
Desaparecimentos
O Anuário também apresentou dados sobre o desaparecimento de pessoas em Alagoas. Em 2021, foram registradas 522 pessoas desaparecidas, número que subiu para 625 em 2022, um aumento de 19.7% em apenas um ano. Em relação às pessoas localizadas, em 2021 foram encontradas 45, correspondendo a 8,6% do total de desaparecidos no estado naquele ano.
Já em 2022, houve um aumento no número de pessoas localizadas, chegando a 79, representando um acréscimo para 12.64%. Em 2022, o Brasil registrou 74.061 pessoas desaparecidas, média de 203 desaparecimentos diários. Do total de registros, 46,7% se concentram na região Sudeste, em muito puxados pelo estado de São Paulo, que registrou 20.411 ocorrências. Em seguida a região Sul, com 22,3% do total, cujo destaque é o Rio Grande do Sul, em que os registros alcançaram a marca de 6.888 ocorrências.
Fonte: Extra Alagoas