A atividade de mineração realizada pela empresa Braskem em Maceió tem gerado graves consequências para a população local. O solo está afundando, causando rachaduras em imóveis e vias, e afetando o abastecimento de água. Um relatório recente constatou que as famílias que ainda residem na área afetada precisam ser realocadas, pois enfrentam riscos e condições precárias.
A professora Camila Prates, do Instituto de Ciências Sociais (ICS) da Universidade Federal de Alagoas, que participou da elaboração do relatório de inspeção nos Flexais na atualização realizada em julho, afirma que a desqualificação de vida na área se agrava a cada medida adotada para mitigar o problema no bairro, como ocorre agora com nova demolição de imóveis.
O relatório de inspeção, realizado nos bairros Flexal de Cima e Flexal de Baixo, que foram excluídos dos mapas de risco da Defesa Civil, aponta para a necessidade urgente de realocação das famílias residentes nessas localidades. Apesar de não estarem consideradas áreas de risco oficialmente, essas regiões ainda sofrem os impactos do desastre que atingiu outros cinco bairros da cidade.
A demolição de imóveis nos Flexais, medida adotada para tentar mitigar o problema, tem gerado insegurança e aumento da violência na comunidade. Além disso, os impactos ambientais se agravam e o isolamento social dos moradores se intensifica.
A situação também afeta o bairro Bom Parto, onde entre 3 e 4 mil moradores estão na lista para realocação compulsória. Um novo mapa, que detalha a dimensão do problema, ainda não foi divulgado pelos órgãos responsáveis. Essa falta de transparência gera incertezas e preocupações para as famílias afetadas.
É fundamental que as autoridades competentes ajam de forma rápida e eficiente para garantir a segurança e o bem-estar dessas famílias. A atividade de mineração da Braskem não pode continuar colocando em risco a vida dos moradores de Maceió. Medidas urgentes precisam ser tomadas para resolver essa situação e garantir um ambiente seguro e saudável para todos.
Fonte: Redação