A decisão política já foi tomada. A partir de agora o rito é outro. “Tem um ritual jurídico a ser seguido”, responde o presidente do diretório municipal do MDB de Maceió sobre a possível aplicação de penalidades partidárias contra ao menos dois dos oito vereadores do partido na Câmara Municipal da Capital.
Foi o que o Dr. Wanderley se limitou a falar sobre o imbróglio envolvendo parte da bancada e a direção do partido.
O MDB faz oposição a gestão da prefeitura de Maceió, mas ao menos quatro dos seus vereadores são aliados do prefeito JHC (PL). O processo, no entanto, deve se limitar aos vereadores Galba Netto, presidente da Câmara Municipal e Chico Filho, líder do governo.
Os dois teriam ‘cruzado a linha amarela’ ao se contrapor a indicação do líder partidário feito pelo diretório municipal.
Nos bastidores, a informação é que os dois devem ser ‘suspensos’ das funções partidárias, com o processo podendo culminar com a expulsão.
Será, como avalia um influente interlocutor um processo de ‘depuração’, que poderá ajudar a articular melhor a oposição a JHC, na medida em que o partido passará a saber com quem conta, de fato, até mesmo para a montagem da chapa nas eleições do próximo ano.
O ‘clima esquentou’ não só para Netto e Filho. A direção do MDB mandou o aviso para todos os outros vereadores do partido. Quem não quiser ir para a oposição a JHC deve pedir a “suspensão” de suas funções partidárias – algo que aliás foi “sugerido” pelo presidente do diretório estadual, Renan Calheiros, a Chico Filho e Galba, meses atrás.
Por Blog do Edivaldo Junior
