Um estudo recém-concluído, contratado pelo Estado de Alagoas, calcula em R$ 35,8 bilhões os prejuízos relativos aos danos provocados pela mineração de sal-gema da Braskem em Maceió e divulgado neste domingo, 1, pelo portal Valor Econômico.
A quantia, que servirá de base para a negociação de indenizações adicionais, consta do levantamento que mapeou as perdas de diferentes naturezas provocadas pelo afundamento do solo em cinco bairros da capital.
Se instalada, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Braskem, cujo pedido foi protocolado no Senado com 45 assinaturas no mês passado, também deve levar em consideração esse estudo.
Mais de 17 mil imóveis tiveram de ser desocupados por causa do problema geológico, que foi relacionado à antiga extração de sal-gema da Braskem pelo Serviço Geológico Brasileiro (CPRM) em relatório divulgado em 2019.
“A CPI é inevitável, à medida que a Braskem continue se negando a pagar indenizações a todos os atingidos”, disse ao Valor o senador Renan Calheiros (MDB-AL), autor do pedido de CPI. O pedido foi protocolado no mês passado e ainda precisa ser lido pelo presidente do Senado para que a comissão seja de fato instalada.
Embora Maceió já tenha fechado um acordo de R$ 1,7 bilhão com a petroquímica, o senador afirma que Estado e outros municípios no entorno da capital também tiveram prejuízos relevantes com o incidente. Representantes da Braskem e do governo estadual têm reunião marcada para terça-feira, dando sequência às negociações sobre o assunto.
Fonte Exta Alagoas