O prefeito João Henrique Caldas (JHC) atribuiu a tragédia de Maceió e sua população à falta de uma fiscalização eficiente que impedisse, na década 70, a exploração predatória do sal-gema pela Braskem. Em entrevista à CNN na manhã desta sexta-feira, 1º de dezembro, JHC comentou que o Instituto do Meio Ambiente (IMA ) e a Agência Nacional e Mineração (ANM) não adotaram as medidas cabíveis para diagnosticar e frear a atividade de exploração do sal-gema, praticada pela mineradora sem obedecer às normas técnicas.
JHC falou sobre o cenário crítico que está posto em Maceió, com a certeza de colapso iminente da mina 18 no bairro do Mutange, e da união de esforços de órgãos em todos os níveis de governo para salvaguardar vidas e minimizar os impactos sociais e ambientais da tragédia.
A mina que caminha para o colapso deve gerar uma cratera de 150 metros de raio e, como 60% dela está na Lagoa Mundaú, o buraco deve sugar entre 400 e 500 mil metros de água. Logo cedo, o coordenador da Defesa Civil de Maceió, Aberlardo Nobre, pediu que a população se tranquilizasse pois as medidas para impedir a ocorrência de vítimas fatais em função do colapso na mina foram adotadas.
Segundo ele, não existe tecnologia para mitigar o que está prestes a ocorrer na mina, que caminha em direção à superfície.
Extra Alagoas