Emanuella Lima/ Redação
No último domingo (10), a Mina 18, localizada no bairro do Mutange, sofreu um colapso que resultou em graves consequências ambientais. Na manhã desta segunda-feira (11), pescadores denunciaram a mortandade do sururu e de outros animais que habitam a região da Lagoa Mundaú, situada nas proximidades.
Segundo Waldemar Waldomiro, conhecido como seu Dida, um pescador local, o sustento de várias famílias que dependem da comercialização do sururu foi severamente prejudicado. O molusco começou a morrer na lagoa, gerando um impacto direto nas atividades pesqueiras. Seu Dida alega que a causa dessa mortandade não é a presença de moluscos africanos, mas sim a responsabilidade da empresa Braskem.
“Acabei de chegar da lagoa. Eles querem crescer, um morre, o outro fica por cima, insistindo, e não tem condições de sobreviver. A gente está vendo que esse sururu não foi morto por causa de molusco que veio da África, mas por causa da Braskem”, disse seu Dida.
A morte de uma garça, um tipo de ave que até então não havia sido registrada na região, também foi constatada dentro da lagoa. Preocupado com a situação, seu Dida sugere que o Instituto do Meio Ambiente (IMA) realize exames para determinar a causa da morte da ave.
Os pescadores afirmam que após o rompimento da mina, uma camada branca foi observada dentro da lagoa. Eles temem que essa mancha afete negativamente a vida marinha, prejudicando a reprodução do sururu e causando danos irreparáveis ao ecossistema local.
Equipes do Instituto do Meio Ambiente (IMA) estão presentes no local coletando amostras para comparar com dados prévios ao colapso. O objetivo é analisar os níveis de salinidade da água e outros impactos ambientais decorrentes do rompimento da mina. A investigação busca fornecer informações precisas sobre a situação atual da lagoa e embasar ações necessárias para minimizar os danos causados.
Com informações GazetaWeb