A mineradora Braskem está sob fogo cruzado em Brasília, acusada de fazer lobby por meio de um assessor de comunicação. A denúncia foi revelada em uma reportagem do Intercept no último final de semana. A investigação foi solicitada pelo senador Rogério Carvalho (PT/SE) e está sendo conduzida pela Polícia Legislativa.
O assessor da Braskem, identificado como João Freire, é acusado de assediar senadores e jornalistas, além de fotografar sem autorização e abordar ativistas e parlamentares de forma invasiva. A primeira ação do lobby foi remover o senador Renan Calheiros (MDB/AL) do posto de relator da CPI.
Um integrante da equipe do senador Rogério Carvalho relatou que o comportamento do assessor era ostensivo e invasivo. A Secretaria da CPI acionou a Polícia Legislativa para intervir, levando Freire a pedir desculpas e cessar suas ações. A FSB afirmou que Freire era assessor de imprensa e não lobista, mas o retirou da CPI.
Servidores do Senado e membros de movimentos sociais relataram perseguições e monitoramentos de redes sociais por parte de Freire. A Braskem, por sua vez, negou conhecimento das ações relatadas e sugeriu que as questões fossem direcionadas à FSB Comunicação.