Lorrane dos Santos era a mais emocionada do quinteto que fez história e conquistou a medalha de bronze para o Brasil na disputa por equipe da ginástica artística feminina. Há três meses, ela perdeu a irmã Maria Luiza, de 21 anos. De abril para cá, ela precisou se reerguer, contou com o apoio, mas quase desistiu do sonho de estar nos Jogos de Paris.
“Não esperava passar por isso, nem estar nos meus segundos Jogos Olímpicos de luto. Confesso que pensei em desistir e não vir. Abrir mão. Mas essa equipe maravilhosa me ajudou diariamente. Elas deram o tempo de que eu precisava, meu treinador me apoiou. Foi difícil, eu chorava todos os dias. Tinha dias que não treinava, mas elas sempre me apoiaram. Às vezes só precisava de um abraço, e elas estavam ali”, contou.
“Eles foram essenciais nessa fase. Se não fosse por eles, não estaria aqui. Minha família, meus amigos… Essa medalha é para todo o Brasil, mas também para a minha irmã. Ela sonhava junto comigo”, completou.
Quando a irmã morreu, Lorrane estava em um período de treinamento com a Seleção Brasileira na França quando. Na época, a atleta brasileira se manifestou nas redes sociais e enfatizou a dor da perda: “Eu tô completamento sem chão, e procurando maneiras pra entender como vou seguir minha vida sem você.
Você só tinha 21 anos, mas era tão inteligente, me aconselhava e me fazia mais forte como ninguém.”