O Ministério Público Federal (MPF) expediu ofícios à Braskem, ao Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA), à Agência Nacional de Mineração (ANM), à Defesa Civil de Maceió e ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em resposta a informações fornecidas por moradores sobre possíveis eventos ambientais ocorridos na Laguna Mundaú, nas proximidades da Mina 18, que colapsou em dezembro de 2023.
Os ofícios foram expedidos após a divulgação de um vídeo que mostra o possível vazamento de uma substância desconhecida na laguna. No prazo de 48 horas, as instituições notificadas deverão prestar os seguintes esclarecimentos:
Se o evento trata-se de um vazamento de óleo ou outra substância;
Quais os impactos ambientais para a Laguna Mundaú e a extensão do dano;
A causa do aparecimento da substância;
Se o ocorrido é consequência do dolinamento (afundamento) na frente de lavra 18;
Se há risco de colapso em outras frentes de lavra próximas, especialmente nas áreas M#20/21;
Outras informações consideradas relevantes para a análise.
Além disso, o MPF requisitou ao IMA/AL que realize, por meio da Gerência de Laboratório, a coleta e análise do material presente na Laguna Mundaú, com o objetivo de identificar a substância extravasada.
Um ofício também foi enviado ao projeto “Laguna Viva”, da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), para que informe se tem conhecimento do fenômeno capturado no vídeo. Caso positivo, é solicitado que esclareça sobre as possíveis causas, extensão do problema e medidas recomendadas, além de encaminhar relatórios técnicos referentes ao monitoramento da água da laguna entre dezembro de 2023 e setembro de 2024.