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Macaco-prego-galego Resgatado Durante a FPI Recebe Cuidados no Centro de Triagem de Animais Silvestres



Um macaco-prego-galego (Sapajus flavius), espécie ameaçada de extinção e endêmica do Brasil, foi resgatado na zona rural de São José da Tapera, em ação coordenada pelo Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA), no âmbito do Programa de Fiscalização Preventiva Integrada (FPI) da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco. O resgate ocorreu na terça-feira (26) e o animal foi encaminhado ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), em Maceió.

No Cetas, que é administrado em parceria entre o IMA e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o macaco recebeu atendimento veterinário. Ana Cecília Pires, veterinária do IMA no Cetas, relatou o estado crítico em que o primata foi encontrado. “O animal estava muito magro e apresentava sinais de estresse, como movimentos repetitivos e estereotipados, comuns em animais mantidos em cativeiro inadequado. Ele foi microchipado e está recebendo polivitamínicos para melhorar sua condição geral”, explicou.

O macaco-prego-galego foi colocado em um recinto, onde passará por um período de adaptação antes de ser transferido para um centro de reabilitação de primatas. A veterinária destacou a importância dessa fase para o animal superar os traumas e recuperar sua saúde. “Ele está se ambientando ao novo local, e nosso objetivo é encaminhá-lo para um centro especializado, onde possa ganhar peso e se recuperar completamente antes de ser reintegrado à natureza”, afirmou.

Resgate e Penalidades para Cativeiro de Animais Silvestres

O cativeiro ilegal de animais silvestres, especialmente de espécies ameaçadas de extinção como o macaco-prego-galego, é considerado crime ambiental, com pena de dois anos de reclusão e multa de até cinco mil reais. O animal foi encontrado em condições extremamente degradantes, acorrentado pelo pescoço, exposto ao sol, sem acesso a comida ou água e alimentado com restos de alimentos inadequados para sua saúde. Essas condições comprometiam sua sobrevivência e causavam sofrimento físico e psicológico intenso.

O responsável pelo animal responderá a um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), emitido pelo Batalhão de Polícia Ambiental (BPA). Além disso, o IMA autuou o infrator com dois autos de infração e um termo de apreensão, com prazo para defesa.

“Vale ressaltar que, ao manter esses animais de forma ilegal, o infrator comete um crime contra a fauna. No caso de espécies ameaçadas de extinção, como o macaco-prego-galego, as penas podem chegar a dois anos de reclusão e uma multa de cinco mil reais”, explicou Rafael Cordeiro, médico veterinário e assessor técnico do IMA.

A equipe responsável pelo resgate e fiscalização no FPI do Rio São Francisco inclui, além do IMA e do BPA, o Instituto SOS Caatinga, o Instituto para Preservação da Mata Atlântica (IPMA), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Ministério Público de Alagoas (MPAL).


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