Polícia

Segurança Pública realiza transferência de 21 líderes de facções criminosas para presídio de segurança máxima em Maceió



Nesta quinta-feira, 6, uma operação conjunta entre a Secretaria de Segurança Pública (SSP) e o Poder Judiciário resultou na transferência de 21 reeducandos do Presídio do Agreste, em Girau do Ponciano, para o Presídio de Segurança Máxima de Maceió. Os presos transferidos pertencem a facções criminosas, sendo 19 do Comando Vermelho e 2 do Primeiro Comando da Capital (PCC).

De acordo com o setor de inteligência da SSP, os detentos transferidos ocupam cargos de relevância dentro de suas respectivas facções, com influência direta nas decisões que eram comunicadas ao exterior do sistema penitenciário. Essas decisões eram repassadas aos membros fora da prisão, o que justificou a ação para interromper essa comunicação ilegal.

O secretário de Segurança Pública, Flávio Saraiva, destacou que a operação é resultado do trabalho integrado das agências de inteligência: “Nada ocorre por acaso. Quando a inteligência identifica um fluxo de comunicação entre o sistema penitenciário e o mundo exterior, é necessário interrompê-lo. Com a colaboração dos juízes da 16ª Vara Criminal de Execuções Penais, foi determinada a transferência dessas lideranças para o regime disciplinar diferenciado (RDD), o que foi cumprido hoje.”

Saraiva explicou que o estudo realizado pelas agências de inteligência identificou a participação ativa desses líderes nas organizações criminosas, tanto na capital quanto no interior do estado. “Essas organizações têm divisões de funções e atribuições. Nossa ação foi isolar aquelas pessoas que exercem papéis importantes nas facções, evitando que suas ações saíssem dos muros da prisão e chegassem às ruas”, afirmou o secretário.

O juiz Alexandre Machado, da 16ª Vara Criminal – Execuções Penais, também destacou a importância da operação, enfatizando que o isolamento das lideranças foi feito com base em um estudo detalhado. “O relatório de inteligência mostrou que esses 21 indivíduos têm uma participação significativa nas facções. Nosso objetivo foi garantir que aqueles que têm funções importantes dentro das organizações fossem isolados”, explicou o magistrado.

Os presos foram colocados em celas individuais, com visitas íntimas suspensas. Eles terão direito a visitas sociais, mas limitadas a dois familiares por vez, a cada 15 dias, e essas visitas serão monitoradas por vídeo.

Participaram da coletiva de imprensa o secretário Flávio Saraiva, o juiz Alexandre Machado, o comandante da Polícia Militar de Alagoas, Paulo Amorim, e o secretário de Estado da Ressocialização e Inclusão Social (Seris), Diogo Teixeira. A medida cautelar, que tem validade de 180 dias, pode ser renovada por igual período, podendo chegar a dois anos, após o qual a Justiça avaliará a necessidade de renovação.


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