A Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) estão conduzindo investigações sobre um esquema de fraudes previdenciárias que resultaram em prejuízos bilionários aos cofres públicos. A operação, que abrange Alagoas e outros 13 estados, visa desarticular organizações criminosas envolvidas na concessão irregular de benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Em Alagoas, a segunda fase da Operação Geração Espontânea foi deflagrada, focando em fraudes na concessão de pensões por morte. As investigações revelaram que servidores do INSS, em conluio com terceiros, criavam dependentes fictícios para receber benefícios indevidos. Esses dependentes eram registrados com documentos falsos, e os benefícios geravam pagamentos mensais e retroativos, causando prejuízos significativos ao erário.
A operação resultou no cumprimento de mandados de busca e apreensão em diversos municípios, incluindo União dos Palmares e Maceió. Além disso, medidas cautelares foram aplicadas aos envolvidos. A PF identificou 119 pensões por morte com indícios de irregularidades, das quais 75 já foram cessadas. O prejuízo estimado ultrapassa R$ 12 milhões, mas a suspensão dos benefícios pode evitar um impacto adicional de mais de R$ 10 milhões aos cofres públicos.
A operação conta com o apoio da Coordenação-Geral de Inteligência da Previdência Social e reforça o compromisso das autoridades em combater fraudes no sistema previdenciário, garantindo a integridade dos recursos públicos e a justiça social.