Com 135 cardeais eleitores, incluindo sete brasileiros, Igreja Católica se prepara para escolha do sucessor de Francisco em meio a diversidade e desafios internos
O Vaticano anunciou que o conclave para eleger o novo Papa terá início em 7 de maio de 2025, na Capela Sistina. A decisão ocorre após o falecimento de Francisco, aos 88 anos, e marca o início de um processo que poderá definir os rumos da Igreja Católica para as próximas décadas .
Com 135 cardeais com direito a voto — o maior número da história —, o conclave de 2025 será também o mais diverso, reunindo representantes de 71 países. Destes, 108 foram nomeados pelo próprio Francisco, refletindo sua visão pastoral e inclusiva.
O Brasil terá sete cardeais eleitores no conclave, incluindo nomes como Dom Odilo Scherer (São Paulo), Dom Orani João Tempesta (Rio de Janeiro) e Dom Jaime Spengler (Porto Alegre), atual presidente da CNBB.
Entre os possíveis sucessores, destacam-se o italiano Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano; o filipino Luis Antonio Tagle, pró-prefeito do Dicastério para a Evangelização; e o congolês Fridolin Ambongo, presidente do Simpósio das Conferências Episcopais da África e Madagascar.
O processo de eleição exige que um candidato obtenha dois terços dos votos. As votações ocorrem em sigilo, com até quatro rodadas diárias, e o resultado é anunciado ao público por meio da tradicional fumaça branca, indicando a escolha do novo pontífice.
O conclave de 2025 representa um momento crucial para a Igreja Católica, diante de desafios contemporâneos e da necessidade de continuidade ou renovação das diretrizes estabelecidas por Francisco. A diversidade dos cardeais eleitores e a ausência de um favorito claro tornam o processo ainda mais imprevisível e significativo para os fiéis ao redor do mundo.