O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por 6 votos a 4, manter a prisão do ex-presidente Fernando Collor de Mello, referendando a decisão do ministro Alexandre de Moraes. Collor, de 75 anos, permanece detido no sistema prisional de Alagoas.
A votação, iniciada no plenário virtual do STF, foi suspensa após pedido de destaque do ministro Gilmar Mendes, que posteriormente retirou o pedido, permitindo a retomada do julgamento. Votaram a favor da manutenção da prisão os ministros Flávio Dino, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Cármen Lúcia e Dias Toffoli, acompanhando Moraes. Já os ministros André Mendonça, Luiz Fux, Nunes Marques e Gilmar Mendes votaram pela revogação da prisão, argumentando que os recursos da defesa deveriam ser considerados.
Collor foi preso na madrugada de 25 de abril de 2025, no Aeroporto Zumbi dos Palmares, em Maceió, enquanto se preparava para embarcar para Brasília. Ele foi condenado em 2023 a 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, em processo relacionado à Operação Lava Jato.
Segundo a acusação, Collor, com o auxílio de empresários, teria recebido R$ 20 milhões em propinas para facilitar contratos da BR Distribuidora com a UTC Engenharia. O ministro Alexandre de Moraes considerou que os recursos apresentados pela defesa eram meramente protelatórios, determinando a execução imediata da pena.