Membros da aliança composta por 24 frentes parlamentares responsáveis por propor medidas para regulamentar a reforma tributária estão insatisfeitos com a decisão de Arthur Lira (PP-AL) de aguardar um texto enviado pelo governo.
Os líderes parlamentares, falando sob condição de anonimato, destacam que a estratégia de Arthur Lira pode prejudicar a construção de um ambiente de cooperação entre o Legislativo e o Executivo. Eles alegam que, para fortalecer sua posição e garantir apoio político, Lira deveria priorizar os projetos elaborados pelos parlamentares, em vez de aguardar passivamente uma iniciativa do governo.
Até o momento, as frentes parlamentares ligadas ao setor produtivo já apresentaram três propostas de regulamentação da reforma tributária: a do Imposto Seletivo, Contratos de Longo Prazo e Cesta Básica. Assinam as propostas os deputados Pedro Lupion, Luiz Philippe de Orléans e Bragança e o General Pazuello. No entanto, apesar do esforço desses parlamentares, nenhuma das propostas avançou na Casa.
Os líderes destacam que a falta de progresso nessas propostas está minando a confiança dos deputados e a credibilidade do processo legislativo. Eles argumentam que é essencial que Lira se concentre em atender às demandas dos parlamentares e em construir consensos internos, em vez de aguardar por uma iniciativa do governo que pode não refletir as preocupações e interesses dos representantes do povo.