O homicídio do empresário e blogueiro político Adriano Farias em Junqueiro, ocorrido na terça-feira, 18, repercutiu na Casa de Tavares Bastos, gerando um embate entre o deputado Fernando Pereira (Progressistas) e o prefeito de Junqueiro, Leandro Silva, opositores políticos.
Na quinta-feira, 20, Fernando Pereira usou a tribuna legislativa em sessão ordinária para falar sobre o caso, que está sendo investigado por uma comissão da Polícia Civil de Alagoas. Pereira sugeriu uma possível motivação política e implicou adversários políticos de seu grupo na cidade.
“E pelo histórico de violência, truculência e falta de respeito ligado ao grupo político do mandatário do poder Executivo de Junqueiro, sou levado a solicitar do Estado proteção especial, garantidora, nesses meses antecedentes (às eleições) e no próprio período eleitoral, para a necessária tranquilidade e garantia do exercício da livre cidadania”, disse na tribuna.
As críticas de Farias, segundo Pereira, eram direcionadas a um funcionário da Prefeitura de Junqueiro ligado ao prefeito Leandro Silva. Pereira afirmou que há um “clima de medo” na cidade por conta do grupo político que controla a Prefeitura, citando, inclusive, um caso de homicídio envolvendo a mãe do atual prefeito.
Rejane Maria da Silva foi presa em 2021, acusada de matar com 16 facadas Hélio Maurício da Silva, em março de 2005, após uma discussão sobre o furto de uma carteira.
Leandro Silva respondeu por meio de um vídeo publicado em seu Instagram. Na publicação, ele criticou as declarações de Pereira e questionou o deputado sobre a morte de seu ex-motorista, Francisco, alegando que Pereira estava tentando desviar o foco das investigações.
“Usou da tribuna da assembleia para denegrir a imagem da minha mãe […] Quero dizer a você, eu não vou falar da sua mãe, pois a respeito muito, eu não preciso fazer isso. O que precisamos é saber outras coisas que você está escondendo através das suas falas para fugir do assunto que o povo quer saber e é sobre a morte do seu motorista Francisco, que passou mais de 10 anos trabalhando para você. Quando prefeito, o que fez para elucidar o crime?”, questionou.
