A Polícia Civil prendeu sete pessoas de uma família em Alagoas por desvio de dinheiro público. A operação Oplatek, conduzida pela Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco) na terça-feira, 25, e divulgada hoje, 26, apurou crimes contra a administração estadual. A investigação revelou que o esquema, iniciado em 2014, movimentou mais de R$ 7,5 milhões.
Os suspeitos são acusados de organização criminosa, peculato, desvio de recursos públicos, lavagem de dinheiro e inserção de dados falsos em sistema de informação. As penas combinadas ultrapassam 44 anos de prisão. Contas e bens dos envolvidos foram bloqueados e sequestrados para reparar o dano ao erário.
Entre os detidos estão uma agente da Polícia Civil e dois sargentos da Polícia Militar. A operação cumpriu sete mandados de prisão e 11 de busca e apreensão em Maceió e Colônia de Leopoldina. A ação foi coordenada pelos delegados Igor Diego, Sidney Tenório e João Marcello e autorizada pela 17ª Vara Criminal da Capital.
A operação contou com o apoio da Corregedoria Geral da Polícia Civil (CGPC), da Diretoria de Inteligência (DINPOL), da Diretoria de Polícia Judiciária 1 (DPJ1), Diretoria de Polícia Judiciária 3 (DPJ3) e da Polícia Militar. Foram apreendidos sete carros, joias, escrituras de imóveis, celulares, notebooks, relógios, iPads e maquinetas.
A operação ganhou a denominação de “Oplatek” em referência a tradição milenar polonesa de dividir o pão (alimento sagrado) entre os integrantes da mesma família, como forma de fortalecer os laços familiares, o que de certa forma vinha sendo feito pelos integrantes da organização criminosa.
