Na terça-feira (19), a Polícia Federal deu início à segunda fase da Operação Geração Espontânea, uma ação que visa desarticular fraudes relacionadas à concessão de pensões por morte no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A operação está sendo realizada em Alagoas, com apoio da Coordenação de Inteligência da Previdência Social. Durante a operação, mandados judiciais estão sendo cumpridos por policiais federais.
Segundo informações da Polícia Federal, a operação dá continuidade a investigações sobre a concessão irregular de pensões a dependentes menores de idade fictícios. Os levantamentos realizados apontaram que, com a colaboração de um servidor do INSS, os cadastros de segurados falecidos do Regime Geral de Previdência Social (RGPS) eram selecionados de forma fraudulenta para instituir pensões. Após a escolha do “instituidor”, o grupo criminoso recrutava pessoas, em sua maioria mulheres, que se dispunham a se passar como mães de crianças que, na verdade, não existiam.
Essas crianças fictícias eram registradas com documentos de nascimento falsificados, e passavam a ser incluídas como dependentes do segurado falecido. Além das pensões mensais, a fraude gerava créditos retroativos, que eram desviados para o grupo criminoso.
O prejuízo estimado pelas fraudes chega a R$ 12.926.052,81. No entanto, a revisão e suspensão dos benefícios identificados pelo INSS poderá resultar em uma economia de R$ 10.253.622,08, referentes aos pagamentos futuros que seriam indevidos.
A operação segue com investigações para desmantelar a rede criminosa e reverter os danos causados aos cofres públicos.