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Alagoas teve mais de 300 tremores em nove anos

A análise temporal dos dados revela uma variação na frequência dos tremores: 1 em 2015, 2 em 2016, 0 em 2017, 16 em 2018, 12 em 2019, 24 em 2020, 87 em 2021, 106 em 2022 e 57 até agosto de 2023. O professor André Tavares, engenheiro do Departamento de Geofísica da UFRN, atribui o aumento no número de registros principalmente à instalação crescente de sensores na região nordestina, uma tendência que se fortaleceu na última década

Os tremores em Alagoas, incluindo os de Arapiraca, foram identificados pelo Laboratório de Sismologia da UFRN, que mantém uma rede de 60 sensores na região Nordeste, sendo que 32 deles transmitem dados em tempo real, permitindo o monitoramento contínuo da atividade sísmica.

Nos últimos dias, Arapiraca, situada no Agreste alagoano, experimentou três eventos sísmicos, sendo o mais recente, com magnitude 1,5, registrado em 28 de agosto às 13h25, embora não tenha sido sentido pela população, ao contrário do tremor de 2,1 ocorrido em 25 de agosto que deixou os moradores apreensivos.

O primeiro destes eventos sísmicos aconteceu em 4 de agosto, também com magnitude 1,5, passando despercebido pela maioria dos habitantes da cidade. A sequência incomum destes tremores levanta questões sobre a possibilidade da existência de uma falha geológica até então não detectada na região, segundo especialistas.

“Tivemos 305 sismos desde 2015 em Alagoas, mas isso não significa necessariamente um aumento perceptível para a população. Tremores são eventos recorrentes e um pode levar ao próximo”, explica o professor Tavares.

Ele também destaca que a precisão na detecção de tremores na região melhorou significativamente com o aprimoramento dos sensores da UFRN. “Antes tínhamos poucos equipamentos, mas ao longo dos anos instalamos 60 em todo o Nordeste, o que aumentou a nossa capacidade de detecção”.

Além de Arapiraca, com 57 eventos registrados nos últimos nove anos, outros municípios em Alagoas também experimentaram tremores com destaque também para Craíbas, com 45 registros, seguido por Belo Monte, que contabilizou 26 eventos sísmicos.

Em 2023, Arapiraca já registrou 15 tremores, com apenas um deles sentido e reportado pela população. Também este ano Maceió experimentou um tremor de magnitude 1,9 em 23 de janeiro, na região do Benedito Bentes, mas que, devido à profundidade, não foi percebido pela população.

Os tremores registrados em Arapiraca na última semana não são incomuns, como aponta um levantamento do Departamento de Geofísica da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. O estudo, ao qual o EXTRA teve acesso, revela que ao longo dos últimos nove anos foram registrados 305 eventos sísmicos em todo o estado de Alagoas.

A análise temporal dos dados revela uma variação na frequência dos tremores: 1 em 2015, 2 em 2016, 0 em 2017, 16 em 2018, 12 em 2019, 24 em 2020, 87 em 2021, 106 em 2022 e 57 até agosto de 2023. O professor André Tavares, engenheiro do Departamento de Geofísica da UFRN, atribui o aumento no número de registros principalmente à instalação crescente de sensores na região nordestina, uma tendência que se fortaleceu na última década

Os tremores em Alagoas, incluindo os de Arapiraca, foram identificados pelo Laboratório de Sismologia da UFRN, que mantém uma rede de 60 sensores na região Nordeste, sendo que 32 deles transmitem dados em tempo real, permitindo o monitoramento contínuo da atividade sísmica.

Nos últimos dias, Arapiraca, situada no Agreste alagoano, experimentou três eventos sísmicos, sendo o mais recente, com magnitude 1,5, registrado em 28 de agosto às 13h25, embora não tenha sido sentido pela população, ao contrário do tremor de 2,1 ocorrido em 25 de agosto que deixou os moradores apreensivos.

O primeiro destes eventos sísmicos aconteceu em 4 de agosto, também com magnitude 1,5, passando despercebido pela maioria dos habitantes da cidade. A sequência incomum destes tremores levanta questões sobre a possibilidade da existência de uma falha geológica até então não detectada na região, segundo especialistas.

“Tivemos 305 sismos desde 2015 em Alagoas, mas isso não significa necessariamente um aumento perceptível para a população. Tremores são eventos recorrentes e um pode levar ao próximo”, explica o professor Tavares.

Ele também destaca que a precisão na detecção de tremores na região melhorou significativamente com o aprimoramento dos sensores da UFRN. “Antes tínhamos poucos equipamentos, mas ao longo dos anos instalamos 60 em todo o Nordeste, o que aumentou a nossa capacidade de detecção”.

Além de Arapiraca, com 57 eventos registrados nos últimos nove anos, outros municípios em Alagoas também experimentaram tremores com destaque também para Craíbas, com 45 registros, seguido por Belo Monte, que contabilizou 26 eventos sísmicos.

Em 2023, Arapiraca já registrou 15 tremores, com apenas um deles sentido e reportado pela população. Também este ano Maceió experimentou um tremor de magnitude 1,9 em 23 de janeiro, na região do Benedito Bentes, mas que, devido à profundidade, não foi percebido pela população.

Fonte: Extra Alagoas


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