Diante da promessa de campanha de Lula de que, em seu governo, as famílias voltariam a comer picanha e tomar cerveja, o então candidato Jair Bolsonaro disse que a promessa era “conversa mole”. E cravou em agosto: “não tem filé-mignon pra todo mundo!”
Como o mundo é redondo e, portanto, dá voltas, o filé-mignon foi o corte que apresentou a maior queda de preço desde o início do governo do petista, com 16,95%. Mais do que a redução da alcatra (-13,46%) e do contrafilé (-11,77%). Os dados são do IPCA, a inflação oficial medida pelo IBGE, de agosto.
Para os planos eleitorais do bolsonarismo, a notícia é tão ruim quanto os escândalos criminais que envolvem Jair e família. Pois grande parte da classe trabalhadora está mais interessada no seu poder de compra do que no destino das joias, no golpe, no cartão de vacina. A melhora da percepção da qualidade de vida sob Lula aumenta a força do petista como cabo eleitoral e, consequentemente, diminui a de Jair – que pode ficar marcado como um tempo de doença, busca por ossos e vacas magras.
Fonte: Uol Notícias