Política

O “golpe final” da Câmara de Atalaia para cassar o mandato de Ceci Rocha

Em uma reviravolta inesperada, a cidade de Atalaia, em Alagoas, que até então vivia uma administração sob a gestão bem avaliada da prefeita Ceci Rocha (MDB), presencia agora uma verdadeira tempestade política. Com aproximadamente 38 mil habitantes, a cidade é uma das mais relevantes do estado, do ponto de vista histórico. Entretanto, tem vivido dias de instabilidade desde o rompimento – tanto pessoal quanto político – entre a prefeita e seu ex-marido, Renato Filho, prefeito da cidade vizinha, Pilar.

Este distanciamento teve ramificações maiores do que apenas as questões pessoais. Ceci Rocha perdeu um alicerce fundamental no cenário político estadual, a deputada Fátima Canuto. Como se não bastasse, Camyla Brasil, vice-prefeita da cidade, também se afastou, intensificando a fragilidade no comando administrativo e na articulação política local.

A situação, que já estava crítica, atingiu seu ápice com a recente notícia de que a maioria do Legislativo municipal está se inclinando contra a prefeita. Dos 13 vereadores de Atalaia, seis mudaram para a oposição e estão em movimento para instalar uma CEI (Comissão Especial de Investigação), similar a uma CPI, que pode culminar na cassação de Ceci Rocha.

A ironia de toda essa reviravolta é que, apesar dos contratempos, Ceci ainda mantém uma alta taxa de aprovação, situada entre 70% e 75%, embora já tenha alcançado um impressionante índice de 90%. No entanto, esta aprovação não reflete a atual realidade política, onde sua capacidade de manobra parece diminuir a cada dia. Na linguagem política, esta situação é frequentemente descrita como um político “sangrando”, em referência ao gradual desgaste de sua imagem e influência.

Para ilustrar a gravidade da situação, os vereadores da cidade divulgaram recentemente no Instagram a intenção de votar na próxima terça-feira (17/10) a respeito de uma denúncia que pode culminar na cassação da prefeita. A denúncia, encabeçada pelos vereadores Fernando Vigário, Marcos Rebollo, Maurício Tenório, Anderson Medeiros, Alexandre Tenório e Tacinho, envolve possíveis irregularidades em contratos com empresas de transporte público e desvios no Fundeb no final de 2022.

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