A rede de saúde de Alagoas tem acompanhado aumento no número de casos de sífilis, uma doença secular e que voltou a ter espaço propício para transmissão. A realidade é igual em todas as unidades federativas. De janeiro a setembro deste ano foram registrados 2.405 casos da doença em alagoanos. No mesmo período do ano passado, foram 2.035 casos. Durante todo o ano de 2022, Alagoas registrou 2.711 casos de sífilis.
Nesta terça-feira, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) iniciou um evento de atualização para profissionais e estudantes da área de saúde dos 102 municípios alagoanos sobre o Protocolo de Atenção à Sífilis. O workshop focou no diagnóstico precoce da doença.
Com o tema “Sífilis: Rumo à Eliminação em Alagoas” o evento apresentou o panorama da doença no estado, que registrou aumento do número de casos neste ano, comparados ao ano de 2022.
A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST), que pode ser evitada por meio do sexo seguro, utilizando preservativo. Causada pela bactéria Treponema pallidum, a doença pode apresentar várias manifestações clínicas e diferentes estágios. Entretanto, possui tratamento eficaz e gratuito por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) municipais, onde as pessoas diagnosticadas também realizam o tratamento.
A coordenadora do Programa Estadual de Controle da Sífilis, enfermeira Hillary Gabrielle, destaca a importância da conscientização dos profissionais e da população para a redução de casos no estado. “Infelizmente a sífilis está crescendo muito em Alagoas nos últimos anos e estamos com um dos maiores índices de sífilis adquirida. A doença pode ser tratada e identificada na Atenção Primária e nos postos de saúde de todos os municípios. Então, cada vez mais pedimos a conscientização da população, dos profissionais que estão na ponta [da assistência]para que voltem um olhar para orientação e identificação da doença na população”, ressaltou.
Assessoria