Hoje completa exatamente um ano em que os quartéis do Exército de todo o país foram tomados por manifestantes que se recusavam a aceitar o resultado das eleições que levaram Luís Inácio Lula da Silva (PT) novamente à Presidência da República. E, com o 59° BIMtz, localizado na Avenida Fernandes Lima, no bairro do Farol, não foi diferente.
Naquele 31 de outubro de 2022, um dia após a votação, apoiadores do então presidente Jair Bolsonaro montaram vários acampamentos no canteiro da avenida, aderiram ao movimento a nível nacional, cobrando intervenção militar e revisão dos resultados das eleições.
Os bolsonaristas, vestidos de verde e amarelo, levaram aos “acampamentos” barracas para pernoitar, bandeiras do Brasil e até banheiros químicos, numa demonstração de que aquela manifestação não iria cessar rapidamente.
Com a presença de PMs, manifestantes desmontam acampamento em Maceió
Eles enfrentaram sol, chuva e noites sem dormir, mostrando uma resistência que durou pouco mais de dois meses.
Dois dias após a ocupação, que ocorreu simultaneamente em todo o país, o comando da Polícia Militar de Alagoas ainda deu um ultimato para que, no dia 2 de novembro, até às 20h, a Fernandes Lima fosse desocupada.
No entanto, a saída efetiva de todos os ocupantes de frente do Quartel do Exército só ocorreu no dia 9 de janeiro, quando o ministro Alexandre de Moraes determinou a dispersão de todos os integrantes das manifestações em todos os estados brasileiros.
Naquele mesmo dia, o governador Paulo Dantas determinou o desmonte total dos acampamentos na Fernandes Lima.
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