A fronteira entre o Egito e Rafah, cidade ao sul da Faixa de Gaza foi aberta hoje, de forma limitada, à população que enfrenta a guerra. A passagem foi autorizada após acordo entre Israel, Egito e Hamas. Brasileiros que estão em Gaza não deixarão o local, segundo embaixador do Brasil na Palestina.
O que aconteceu
Foi aberta na madrugada desta quarta-feira (1º) a fronteira entre a Faixa de Gaza e o Egito. É a primeira vez que a passagem é liberada desde o início da guerra no começo do mês. Poderão sair para o Egito feridos da guerra para atendimentos em novos hospitais.
O acesso será acompanhado por uma equipe médica. “Profissionais estarão presentes na passagem [de Rafah] para examinar os casos procedentes [de Gaza] desde sua chegada […] e determinar os hospitais para onde serão enviados”, disse ontem à AFP um encarregado médico da cidade egípcia de Al Arish. Uma fonte de segurança da região fronteiriça de Rafah confirmou a informação.
EUA dizem não ter informação sobre autorização do Egito. O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Matt Miller, afirmou que não tinha anúncios a fazer sobre a abertura da passagem de Rafah para civis, mas disse que “bons progressos” foram feitos nas últimas horas.
Entretanto, de acordo com a Reuters, o Qatar mediou um acordo entre Egito, Israel e Hamas, em coordenação com os EUA. Até o momento não há anúncio formal sobre o assunto.
O acordo não está ligado a outras questões em negociação, como os reféns detidos pelo Hamas.
O Egito preparou um hospital de campanha em Sheikh Zuwayed, no Sinai, segundo fontes médicas. Ao menos dez ambulâncias foram enviadas para Rafah na terça-feira em antecipação.
O porta-voz do Unicef, James Elder, afirmou que a guerra na Faixa de Gaza transformou o território em cemitério para milhares de crianças. Desde 7 de outubro, mais de 8.500 pessoas foram mortas na guerra —dentre essas, 3.542 crianças.
Uol Notícias