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Massa quer atrair eleitores do partido de Patricia Bullrich

Sergio Massa ficou na frente no primeiro turno das eleições presidenciais, que aconteceu neste domingo (22). A definição do próximo presidente será entre ele e Javier Milei, candidato populista que se define como libertário, no dia 19 de novembro.

Em seu primeiro discurso após a votação do primeiro turno, Massa afirmou que pretende fazer um governo de unidade –ou seja, chamar políticos de outros partidos, que não o da coligação peronista, para compor o governo.

Ele fez um apelo específico aos membros do partido da União Cívica Radical, um partido tradicional na Argentina.

Nos últimos anos, a União Cívica Radical participou da aliança política do ex-presidente Maurício Macri, a coligação Juntos pela Mudança.

“Quero falar aos milhares de radicais que compartilham conosco valores democráticos, como a educação pública, a independência de poderes, a construção de valores institucionais que a Argentina merece, mas também quero falar com aqueles que escolheram em outra opção pensando na necessidade de ter uma Argentina em paz, sobre a base de construção de valores democráticos, de respeito às instituições, sem incertezas. Quero dizer que vou fazer os maiores esforços para ganhar sua confiança nos próximos dias”, afirmou ele.

No primeiro turno, a coligação Juntos pela Mudança, da qual o partido União Cívica Radical faz parte, teve como candidata à presidência Patricia Bullrich.

Bullrich é de um outro partido, o Proposta Republicana. Ela já deu sinais de que não vai apoiar Sergio Massa. Ela fez um discurso para admitir que perdeu e evitou parabenizar o vencedor, além de ter afirmado que não pode saudar alguém que fez parte do “pior governo da Argentina”. Ela disse que, nos últimos tempos, o governo atual só distribuiu dinheiro e afundou o futuro do país.

A ideia de Massa, portanto, parece ser atrair uma parte do eleitorado de Bullrich, mesmo sem contar com o apoio formal dela.

Indiretas a Milei

Sem citar seu rival, Massa afirmou que quer que as crianças do país vão para a escolha com computadores na mochila, e não armas. Foi uma indireta ao deputado Javier Milei, que propõe facilitar a venda de armas.

Ele também afirmou que neste domingo conversou com líderes de outros países (ele não citou nomes) que estão preocupados com as eleições na Argentina.

“Ao longo do dia eu recebi o chamado de muitos presidentes e dirigentes de outros países, que obviamente olhavam com interesse o que acontecia na eleição. E olhavam com interesse porque sabem que queremos uma Argentina integrada, que acreditamos no multilateralismo, somos garantia de seriedade na hora de estabelecer relações”, disse ele. Essa também é uma indireta para Milei, que já deu declarações criticando o presidente Lula, do Brasil, e também a China.

G1


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