CASO BRASKEM

Caverna gigante na lagoa criada pelas minas avança 5 m em direção à superfície

A Lagoa Mundaú abriga uma caverna gigantesca, que não é fruto da natureza, com atura de 121 metros, capaz de abrigar empilhadas 4 estátuas do Cristo Redentor do Rio de Janeiro. A cavidade não é estática e sobe em direção ao topo, tendo se aproximado da superfície com rapidez, o que pode significar danos ainda não calculados ao meio ambiente onde está localizada. 

A caverna em questão é resultado da integração de duas minas da Braskem (as minas 20 e 21) que exploravam o sal-gema, está totalmente fora da camada de sal e sem nenhum mecanismo de monitoramento em tempo real. As informações foram divulgadas pelo site Portal na Rede, baseadas no relatório produzido após pelo diagnóstico feito por sonar na região da Mundaú.

O resultado do estudo ainda é preliminar, mas além de mostrar a situação das minas 20 e 21 após o rompimento da mina 18, ocorrido no final de do ano passado, pode definir, segundo a Agência Nacional de Mineração (ANM), se haverá mudanças no plano de fechamento de todas as minas da Braskem ao redor daquela que entrou em colapso.

O relatório é datado do dia 20/01/2024 e mostra que a geometria da cavidade sofreu alterações em relação ao estudo realizado em 1º de novembro de 2023. 

Todas as medidas anteriores da cratera aparecem alteradas no atual estudo por sonar. A cavidade é a maior no subterrâneo da Base de Mineração da Braskem no bairro do Mutange, em Maceió, e a que mais preocupa em função do tamanho e do potencial dano que pode causar à lagoa. Até agora, o estudo mostrou que o colapso da mina 18 não afetou de maneira substancial a caverna criada pelas minas 20 e 21. Porém, esse fato não significa alívio para o meio ambiente, já que ainda assim a caverna caminha para se abrir no leito da Mundaú.

Em novembro de 2023, data do último exame, o topo da caverna das minas 20/21 estava a 728,1 metros da superfície. No atual estudo essa distância aparece menor, a 723,7 metros, ou seja, mais próximo da superfície. A caverna tinha 119 metros de altura e está agora com 121 metros, um avanço de 5 metros para cima.  A largura da mina unificada também passou de 95m e foi para 96.52m em dois meses.

O atual estudo foi solicitado pela Defesa Civil de Maceió e pela ANM. O documento também pede o mesmo exame por sonar na mina 29 para descobrir se a cavidade está estável ou iniciou processo de colapso.

Extra Alagoas


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