O Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL), por meio da Promotoria de Justiça de Lagoa da Canoa, representado pelo promotor de Justiça Lucas Schitini de Souza, deu início nesta quinta-feira, 28, a um procedimento preparatório para apurar possíveis irregularidades no concurso público realizado para o preenchimento de cargos no Município.
Entre as questões levantadas, destacam-se suspeitas de fraude no processo seletivo, com possíveis favorecimentos a parentes e pessoas ligadas à gestão da prefeita de Lagoa da Canoa, Tainá Veiga, colocando em xeque a lisura e a credibilidade do certame.
Também há menção a supostas trocas de favores entre gestores municipais de Lagoa da Canoa e Feira Grande, visando beneficiar indivíduos próximos aos gestores de forma cruzada.
O Ministério Público ressalta que concursos públicos devem ser regidos por princípios administrativos que garantam a legalidade, moralidade, impessoalidade, eficiência, publicidade e igualdade, visando selecionar os candidatos mais qualificados de maneira justa e objetiva.
Diante das possíveis irregularidades, o órgão ministerial decidiu instaurar o procedimento preparatório, tomando diversas providências, incluindo a solicitação de informações ao Instituto Bahia, responsável pela organização do concurso, e à gestora pública do Município de Lagoa da Canoa. Ambos têm um prazo de 10 dias para prestar esclarecimentos e fornecer documentação comprobatória.
O concurso
As inscrições para o certame foram até o dia 17 de janeiro e as provas objetivas foram realizadas no dia 25 de fevereiro. O certame ofertava 91 vagas para cargos de todos os níveis de escolaridade. Os salários vão de R$ 1.320 até R$ 3.867,98.