Alagoas

Maceió apresenta desaceleração no consumo das famílias, segundo estudo da Fecomércio



Um estudo realizado pelo Instituto Fecomércio AL, em parceria com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), apontou que o consumo das famílias em Maceió desacelerou em maio, assim como a confiança do empresário do comércio. O Índice de Consumo das Famílias (ICF) indicou um crescimento de apenas 1,1% no consumo em maio, abaixo dos 2,3% registrados em abril. Esse recuo reflete, em parte, o maior custo do crédito e o impacto da inflação.

Segundo o economista Renan Laurentino, o período entre maio e julho costuma ser de desaceleração na economia. “A pesquisa da Fecomércio já havia mostrado em abril que houve uma desaceleração no endividamento do alagoano, indicando que as pessoas estão mais preocupadas em manter o nome limpo e melhorar o score de crédito, pensando em financiamentos futuros”, explica Laurentino.

Ele também destaca que a alta taxa de juros no país contribui para a redução do consumo, tornando o endividamento uma alternativa pouco viável no momento. “Há um contexto macroeconômico que afeta Alagoas, considerando que vivemos em um mundo globalizado. Exportamos produtos como açúcar para a Europa e água de coco, então tudo isso impacta nossa economia e preocupa os empresários”, afirma.

A queda no consumo em maio foi puxada por três dos sete subindicadores: emprego atual (-2,2%), renda atual (-0,2%) e perspectiva profissional (-2,3%). Por outro lado, quatro subindicadores apresentaram resultados positivos: acesso ao crédito (4,9%), nível de consumo atual (5,2%), perspectiva de consumo (4,1%) e momento para duráveis (1,4%).

O economista ressalta que, a partir de agosto e setembro, espera-se uma retomada natural do consumo. “No segundo semestre, com a proximidade do décimo terceiro salário, o verão e as festividades, o varejo tende a se animar e o consumo volta a crescer”, conclui Laurentino.

A pesquisa também revelou que, em termos orçamentários, as famílias com renda inferior a 10 salários mínimos registraram uma média de -0,3% no consumo. Já aquelas com renda superior a 10 salários mínimos apresentaram um crescimento médio de 1%.

A retração no consumo também impactou a confiança dos empresários. O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), calculado pelo mesmo instituto, marcou 96,8 pontos em maio, queda de -1,1% em relação aos 97,9 pontos de abril. Essa queda na confiança já vem sendo registrada desde novembro, quando o índice estava em 117,7 pontos. Até março, o indicador permanecia acima de 100 pontos — considerado saudável — mas em abril recuou -2,8% e ficou abaixo desse patamar. O desânimo tem afetado principalmente as empresas com até 50 colaboradores.


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